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sábado, 16 de abril de 2011

Histoire D"un Amoire _ 10ª Postagem

         Histoire   D"un   Amoire


   Ainda na Silvino Macedo.


  
  No inicio não levei muito a sério esse namoro, era algo muito estranho, a familia dele não sabia desse namoro, ele fazia o que queria, me enrolava mais do que cigarro de fumo de rolo, para mim, era algo muito chato, mais para quem iria reclamar, enquanto moravamos na mesma rua, tinhamos que ir para casa de uma tia minha em Canhotinho para namorar, e minha mãe achava certo e o maximo, e eu... mais perdida do que bala no Rio, diante dele morria de timidez, imagine um rapaz de 33 anos e uma menina de 12, é uma mãe para opinar a favor dele. As vezes sentia vontade de reinvindicar alguma coisa, mais cadê coragem... ai que vergonha do meu namoradinho... e meu namoradinho era bem safadinho... namorava Garanhuns quase todo,  mais algumas cidades, vilas e capitais. Haja moças a chorar, a correr atrás, a me humilhar por causa do meu namoradinho,  haja intrigas, conversas e fofocas por causa do meu namoradinho. E minha mãe dizia não vai na conversa do povo... é intriga da oposição... e eu abestalhada como sempre, mas, não era intriga da oposição, era verdade.

    Minha vida não mudou em nada... apenas piorou um pouquinho porque agora eu era moça séria e comprometida, tinha que ter maturidade ... afinal já estava com doze anos... haja coração... entre viagens vai e viagens vem de Canhotinho, fui vendo que meu namoradinho era um homem bonito, charmoso, fisico atletico,e tinha que ficar de olho... eu estou falando isso hoje, mais eu nem sabia lá o que significava isso... só sei que comecei a ve-lo diferente ...e suas enroladas já não me deixava tão indiferente,  começava a ficar  chateada  com o que via e ouvia

    Ai, porque minha mãe me meteu nessa fria, estudava com umas tietes dele, imagine o que levava, bruxa, boneca de feira, leucemica, tapioca, bolo cru (  esses três ultimos porque sou muito branca ) ficava chateada, chorava, sofria... Isso é o que Mesmo?   BULLING...  Meu Deus  queria que fosse agora, estou necessitanto de reais... ia pegar um dinherinho as custas dessas mal amadas , ou seja, dessas Sem amado, porque ele ficou comigo:  a bruxa, tapioca, leucemica, bolo crú, bruxa de feira

   E tudo corria mais ou menos bem...  Um dia fui buscar minha mãe perto de Azevedo, ela estava lavando roupa na casa de Gilka, ajudei ela arrumar a aréa de serviço e viemos para casa, subindo na Rua da Prósperidade ouvimos um barulho ensurdecedor, algo inexplicavel, meu coração ficou apertado, mas nada sabíamos, vi gente correndo para o lado que moravamos, mas pensar o que?  Quando chegamos na esquina dava para ver um aglomerado de pessoas perto do nosso casebre... imagine o que aconteceu?  Não ... não foi isso que pensou... pensou que as tietes  jogaram uma bomba no meu casebre? " Errou "... nosso casebre caiu... e o pior, quase mata minha irmã e meu irmão. Já sabe o que fizemos?  Sim... isso mesmo... começamos a gritar desesperadas no meio da rua, era uma gritaria só... minha casinha caiu, onde vamos ficar? e nosso pote Meu Deus, quebrou-se, nosso atajede ficou enterrado na lama, chora eu, chora mamãe, chora minhas irmãs, além de tudo eu não me sustentava em pé, tremia igual bambu no vento, me levaram para casa de Sr. Anisio, me deram água com  açucar, mas não parava de tremer e chorar.

      Ainda bem que existe gente boa do coração de Deus, D. Zezinha, uma senhora que mora ( porque ainda hoje ela mora ) na mesma rua, pegou uma chave da casa de outra senhora D. Quitéria, mulher generosa que estava viajando de férias em São Paulo e permitiu que ficassemos em sua casa até arranjarmos outra, e começoe o multirão, Adonai fingindo não ter nada comigo ( que não era meu namoradinho ), juntou-se com Jairo, Fernando, Moíses, Josemir, Geraldo  e começaram a retirar dos restos do casebre, nossos restos de cacos velhos, mesmo chorando, vi que deu para salvar ainda, um colchão de capim, que tinha mais buracos do que uma peneira, e não se rasgou não, já estava assim, colocavamos lençois para cobrir os buracos, três cadeiras e um camiseiro com três pernas, que também já estava assim antes da trajédia, sustentava porque  colocavamos tijolos embaixo do pé que faltava. E ficamos confortavelmente na casa de D. Quitéria, vários dias... que o Senhor Jesus abençoe a ela, D. Zezinha. e os que participaram do multirão e quem nos acolheu confortando, oferecendo remédios e palavras de consolo.

3 comentários:

  1. Adoro tuas escrivinhações!!!que bom que estais de volta.Morei por muito tempo na Prosperidade, era amigo de Ranulpho, irmão de Zezinha e do saudoso Ricardo, filho de Dona Quitéria.

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  2. Ainda estamos esperando as estórias boas e engraçadas.Pensa q vai lembrar alguma.Te amamos

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